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O exame nacional de Física e Química A da 2ª fase, realizado hoje pelos estudantes do secundário de Ciências, "não contém erros grosseiros", mas são "notórias algumas incorrecções na apresentação dos problemas e na linguagem utilizada". Apesar de não prejudicarem o desempenho do aluno médio, "não podem deixar de ser criticadas".
É esta a opinião da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) sobre as questões que dizem exclusivamente respeito a esta disciplina (três em seis tópicos). No parecer divulgado hoje no site da SPQ considera-se ainda que a prova era menos extensa do que a realizada na 1ª fase, mas mais difícil.
Acontece que o exame de Física e Química A é aquele que mais problemas tem causado aos alunos. Em quatro anos, nunca os estudantes conseguiram ter média positiva. Na 1ª fase de 2009, foi mesma a prova com a classificação mais baixa: média de 8,4 valores (numa escala de 0 a 20) e 24 por cento de chumbos à disciplina.
O panorama levou inclusivamente o Ministério da Educação a voltar a anunciar a necessidade de serem tomadas medidas especiais para o ensino da Física e da Química.
De resto, a ministra da Educação fez hoje um balanço positivo da forma como correu a 1ª fase das provas nacionais, sublinhando que, à excepção daquele teste, as médias ficaram acima dos 9,5 valores. "Foi uma óptima época de exames, não houve problemas", declarou Maria de Lurdes Rodrigues. "A maioria dos alunos teve nota positiva. Quando chegámos ao Governo isto não se passava assim", reforçou.
Já sobre os motivos que podem ajudar a explicar a quase duplicação de negativas no exame de Português do 9º deste ano, a ministra preferiu não fazer comentários e voltar a sublinhar que os resultados foram positivos.
Educação. Ao fim de meses de guerra, ministério e sindicatos entreabriram ontem a porta do entendimento, ao acordarem reuniões sem pré-condições sobre a avaliação. As partes continuam, no entanto, decididas a levar as suas posições avante, com ou sem uma solução pacífica para a avaliação
O deputado do PSD Agostinho Branquinho acusou hoje no Paralmento o Ministério da Educação de intimar as autarquias a pagarem modems e ligação à Internet dos computadores Magalhães distribuídos a alunos do primeiro ciclo do ensino básico.
Durante um debate no Parlamento sobre educação agendado pelo PSD, Agostinho Branquinho considerou que "o Governo ainda não explicou, e era bom que explicasse, quem vai pagar os custos reais do Magalhães".
Agostinho Branquinho disse saber que "o Ministério da Educação mandou para todas as câmaras do país propostas - aquelas pressões que não são bem pressões - para pagarem os modems, que custam 45 euros, e a totalidade ou parte da assinatura anual da Internet, que se eleva a 250 euros".
O deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD acrescentou ter a informação de que "a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) comunicou às escolas que deviam dizer quais eram as situações anómalas, ou seja, quais as autarquias que não vão participar, para que a DREN pudesse intervir".
A Associação Nacional de Municípios Portugueses reuniu ontem de emergência e aconselhou hoje as autarquias a não pagarem as facturas que estão a receber, noticiou hoje a TSF.
O deputado do CDS-PP João Paulo Carvalho pediu à maioria socialista que comentasse "o caso do conselho pedagógico de uma escola de Barcelos que decidiu que os alunos podem passar de ano mesmo com cinco negativas".
Na resposta, o deputado do PS Bravo Nico não se referiu à questão dos computadores Magalhães.
Quanto ao caso de Barcelos, o deputado do PS a deu a entender estar de acordo com a decisão do conselho pedagógico, argumentando que "é sempre muito mais exigente e dá sempre muito mais trabalho às escolas e aos professores integrarem os alunos com percursos de aprendizagem difíceis".
"É sempre mais fácil colocá-los fora da escola. A nossa resposta é fazer com que as crianças fiquem dentro da escola. O direito à educação é um direito básico", acrescentou Bravo Nico.
Ricardo Vieira
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