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As últimas decisões do Eliseu remetem-nos para o lado mais negro, xenófobo, racista e populista da França
A excelência da União Europeia assenta em milhares de pequenas e grandes coisas, extraordinárias e essenciais. E entre elas conta-se, seguramente, a existência de vários Estados soberanos, cada um com a sua História e com as suas especificidades culturais e políticas. Nesse leque de países, uma Alemanha pragmática e austera, uma Inglaterra empertigada, liberal na economia e nos costumes e uma França revolucionária e sonhadora são peças verdadeiramente estruturantes da riqueza da UE. É um facto que, a par da França da Revolução Francesa da "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", tivemos também a França de Vichy, o regime fantoche às ordens de Hitler. Mas foi a primeira que deixou um legado ao mundo - e não a segunda, que apenas durou quatro anos, de 1940 a 1944 -, e é essa que contribui para o desenho equilibrado, ponderado e humanista desta nossa comunidade de Estados europeus. As últimas decisões de Sarkozy esqueceram esta realidade histórica, e remeteram-nos para o lado mais negro, xenófobo, racista e populista da República Francesa.
Mas além de serem vergonhosas - uma vergonha que nos atinge a todos nós, europeus, e não apenas aos franceses -, é altamente duvidoso que as medidas avulsas que o Eliseu está a preparar contra os ciganos romenos e búlgaros resolvam os problemas da insegurança, da violência ou do desemprego a que, aparentemente, visam dar resposta. Um projeto de alteração da Lei da Imigração francesa que, por força das circunstâncias, e na impossibilidade de se dirigir apenas a ciganos ou a búlgaros e romenos, prevê a expulsão de estrangeiros - de todos os estrangeiros -, incluindo cidadãos da União Europeia que não garantam ter meios de subsistência duradouros, que sejam uma ameaça para a ordem pública ou que abusem do direito de livre circulação que vigora em vários Estados da UE.
A França tem problemas com a imigração, assim como a Espanha, os Estados Unidos ou numerosos outros países. Hoje, em inúmeras zonas do mundo, por muito pobre que um país seja, basta-lhe ser um pouco mais rico que o vizinho do lado para sofrer dificuldades sérias provocadas pela imigração clandestina. Não se trata, seguramente, apenas de uma questão exclusiva dos franceses, dos europeus ou mesmo dos Estados ricos.
NA REALIDADE, o mundo, no seu conjunto, tem hoje um problema grave de imigração clandestina e maciça. Um problema que, infelizmente, irá piorar. E que, por força dos crescentes desequilíbrios ambientais, climáticos e económicos, poderá mesmo vir a tornar-se num dos maiores de todos os tempos da raça humana. Como é também verdade que a Europa e o mundo têm problemas crescentes de desemprego e de insegurança. Mas todas estas questões nunca se resolveram com expulsões, deportações e perseguições organizadas a grupos específicos de cidadãos de nacionalidades ou etnias predefinidas. Nem nunca se solucionaram com decisões unilaterais, tomadas Estado a Estado. Não é a forma correta para a Europa os resolver, na sua relação com o mundo, e muito menos para os resolver dentro das suas próprias fronteiras comuns. Bem pelo contrário, políticas como esta, que têm motivações paralelas às assumidas publicamente, e que visam somente explorar o que de pior têm os povos em momentos de dificuldade, sempre nos conduziram a situações indesejáveis. A França devia saber isto melhor que ninguém. Mais: a França devia ser um dos últimos países do mundo a andar por caminhos como este.
Da França esperamos manifestações como aquela a que assistimos esta semana, contra o aumento da idade de reforma para os 62 anos, em 2018. Mesmo sabendo que esse é um objetivo insustentável para as finanças francesas e que os franceses se reformam hoje, em média, aos 59 anos, coisa que já não acontece em qualquer outro lugar. Mas deve ser esse o seu papel, por uma questão de sanidade mental do mundo. De Sarkozys já está ele cheio.
Pedro Camacho
COM O PRESIDENTE impedido constitucionalmente de usar o seu poder de dissolução do Parlamento, o Orçamento do Estado para o próximo ano ganhou uma importância acrescida, nesta rentrée política. Entre as "chantagens" do Governo à Oposição, de que se queixa Passos Coelho, e as insinuações de "irresponsabilidade" que Sócrates atira ao PSD, Cavaco Silva navega num cândido discurso de apelo à cooperação entre os dois maiores partidos políticos. Pelo menos num ponto tem o Presidente razão para não dramatizar o seu discurso. Basta a dramatização que dele fazem Passos Coelho e José Sócrates. E, além do mais, a História joga a favor das viabilizações. Nem que seja no último minuto e com a ajuda de um deputado que ficou com nome de queijo.
No essencial, o que separa PS e PSD resume-se a mais ou menos despesa e a mais ou menos impostos para a financiar. E traduz uma diferença antiga e coerente entre PS e PSD: mais ou menos Estado, mais ou menos iniciativa privada. Pode dizer-se que nisto reside quase tudo. Às vezes, como também nos tem mostrado a História, a prática mostra que é muito pouco.
E, por isso, no meio de tudo o que tem sido dito sobre o assunto, registo, em especial, uma frase de Miguel Cadilhe, dita em entrevista recente ao Diário Económico: "Mais vale uma crise política justa do que um mau Orçamento." Mas, do meu ponto de vista, é uma frase válida para os dois partidos. Porque talvez não seja uma crise assim tão grave, caso aconteça. E porque já enjoa o discurso falso de drama - ou de falso drama, conforme preferirem.
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