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Vejo-te a ti No meu coração És aquela que Toca a música Chamada Amor És aquela Que me faz vibrar, Que me faz estremecer, Viver e aprender. És a minha musa inspiradora És a fonte da minha vida, do meu ser, Obrigado por seres quem és. Ricardo Vieira
Terça-feira, 28 de Abril de 2009

"Não há gripe suína em Portugal"

A garantia foi dada, esta tarde, pela ministra da Saúde, Ana Jorge, em conferência de imprensa.

Não há gripe suína em Portugal. A garantia foi dada, esta tarde, pela ministra da Saúde, Ana Jorge, em conferência de imprensa. O caso de duas mulheres que estarão de casa em quarentena depois de regressarem do México já foi “analisado em laboratório” e tratam-se casos normais de gripe.

“Não há, até ao momento, qualquer caso de gripe suína em, Portugal”, garantiu a ministra da Saúde. Ana Jorge considera impossível prever se e quando a gripe chegará a Portugal, mas garante que o país está preparado. “Temos medicamentos na reserva estratégica em perfeito estado de conservação e prontos a ser utilizados caso sejam medicamente necessários”, acrescentou.

Ana Jorge lembrou que “só há risco para pessoas que estiveram em zonas afectadas ou em contrato com pessoas afectadas ou provenientes de áreas afectadas pelo vírus”. Assim, quem estiver numa destas situações deve “ligar para a linha Saúde 24, 808 24 24 24, e seguir as recomendações”. De acordo com a ministra, a Linha de Saúde está “preparada para dar seguimento a casos” que possam surgir.

“Como em qualquer surto gripal”, sustentou a ministra, o “Ministério da Saúde desaconselha a ida às urgências”, que constituem um factor de risco para o doente e para os outros. “Aumenta o risco de contágio e pode suscitar o agravamento do estado de saúde do infectado”, explicou Ana Jorge.

De acordo com Ana Jorge, a vacina para a gripe, que idosos e outros grupos de risco tomaram no Outono, “tem um componente a que o vírus da gripe suína é sensível”, embora “não seja possível saber até que ponto é eficaz”.

Um pouco por todo o Mundo, os especialistas parecem convencidos de que a possibilidade de uma pandemia é real. Francisco George, director Geral de Saúde, sustentou que, “neste momento, não é possível saber como o vírus se vai propagar”, considerando “prematuro” estar a falar ou a estabelecer planos de contingência específicos.

publicado por Ricardo Vieira às 20:41
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Segunda-feira, 27 de Abril de 2009

Mulheres trocam homens por mulheres

As mulheres ficam sexualmente excitadas tanto quando vêem filmes eróticos heterossexuais como lésbicos. 

Cynthia Nixon, a "Miranda" série “Sexo e a cidade”, é o mais novo rosto do mundo lésbico. Depois de 15 anos de relacionamento com um homem, do qual nasceram dois filhos, separou-se e começou a namorar com uma mulher.

Já outras famosas seguiram o mesmo caminho. A actriz Lindsay Lohan, depois de vários relacionamentos falhados com homens, entregou-se ao amor com a DJ Samantha Ronson.

Katy Perry chegou aos tops com uma música cujo refrão é bastante explícito: “Beijei uma rapariga e gostei”.  Na televisão o mundo lésbico é perpetuado na série  "A letra L," e, um novo reality show lésbico nos Estados Unidos da América já está a ser preparado.

Mas afinal o que é que se passa com as mulheres?
Durante as últimas décadas, os cientistas têm tentado perceber como nasce ou se desenvolve a orientação sexual. Nascidos ou criados? Pode alguém mudar a orientação sexual durante a vida?

A todos os estudos feitos durante os últimos anos e que atribuem como causa da orientação sexual factores ambientais, cognitivos e biológicos, acrescenta-se um novo conceito, a “fluidez sexual”.

“Fluidez representa a capacidade de responder eroticamente e de forma inesperada a situações particulares ou a relacionamentos. Não parece ser algo que as mulheres possam controlar." explica Lisa Diamond, professora da Universidade de Utah.

Um outro estudo, da Universidade de Northwestern, constatou que o desejo sexual das mulheres é menos rígido que o dos homens. Nesse estudo comprovou-se que as mulheres ficam sexualmente excitadas tanto quando vêem filmes eróticos heterossexuais como lésbicos.  O inverso passa-se com os homens, que respondem sexualmente a filmes com mulheres, no caso de serem heterossexuais ou a filmes com homens, no caso de serem homossexuais.

O que o que os investigadores dizem é que as mulheres procuram muitas vezes uma ligação emocional, e se essa ligação vem de uma mulher em vez de um homem, então a emoção pode mesmo sobrepor-se a qualquer tipo de orientação sexual.

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publicado por Ricardo Vieira às 14:11
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Escolaridade de 12 anos é possível até 2012

Convicção da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, na abertura de uma conferência de peritos sobre alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano.

A ministra da Educação manifestou-se confiante que Portugal poderá cumprir em 2012 a meta de escolaridade obrigatória de 12 anos, mas advertiu que ainda existem assimetrias regionais ao nível da escolarização.

Maria de Lurdes Rodrigues falava na abertura de uma conferência de peritos sobre alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos, no Centro Cultural de Belém, sessão presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e em que também está presente o ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva.

Antes de passar a palavra aos cerca de 40 peritos convidados pelo Ministério da Educação, Maria Lurdes Rodrigues referiu que em 1986 foi fixada a escolaridade obrigatória no 9º ano, mas que esta meta, por dificuldades de diversa ordem, apenas acabou por ser atingida em 1996.

 "Em resultado do trabalho que fizemos junto das escolas ao longo deste mandato, com o alargamento do leque de oferta em termos de cursos profissionais e com as medidas de apoio às famílias, penso que estamos agora em condições para avançar para a escolarização obrigatória de 12 anos -- um objectivo que faz parte do programa do Governo", disse.

Neste contexto, a ministra da Educação referiu que, face aos dados disponíveis que indicam um aumento da frequência escolar entre os jovens dos 15 aos 17 anos, "talvez seja possível atingir a escolaridade de 12 anos dentro de três anos".

Maria de Lurdes Rodrigues admitiu contudo a permanência de alguns problemas no sistema educativo português e que apontam para a existência de taxas ainda insatisfatórias no que respeita à frequência escolar entre os jovens com 18 anos.

Na sequência de uma intervenção do ex-ministro da Economia Braga da Cruz, que alertou os membros do Governo para problemas de abandono escolar na zona do Grande Porto, Maria de Lurdes Rodrigues reconheceu haver ainda "assimetrias regionais".

"Na área metropolitana de Lisboa temos uma taxa de escolarização de 89 por cento, enquanto que na Região Norte é de 74 por cento", afirmou.

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publicado por Ricardo Vieira às 14:11
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Quinta-feira, 23 de Abril de 2009

Há "pouca vontade política" para combater enriquecimento ilícito

A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, lamentou esta quinta-feira que exista "pouca vontade política" para combater o enriquecimento ilícito, na sequência do chumbo da maioria socialista aos projectos para a sua criminalização.

"Reajo da forma democrática que se deve reagir nestas matérias. Considero que enriquecimento ilícito é ilícito e que existe pouca vontade política para o combater", afirmou aos jornalistas em S. Pedro do Sul, quando instada a comentar o chumbo hoje, na Assembleia da República, dos projectos do PSD e do PCP.

Manuela Ferreira Leite rejeitou que este seja um assunto que divide o partido, considerando que apenas há "divergência de opiniões", nomeadamente do vice-presidente do PSD Rui Rio.

"Somos um partido livre, em que se aceita perfeitamente que haja divergência de opiniões. E há uma coisa em que o partido está todo unido, que é em que o enriquecimento ilícito é ilícito, se é ilícito não deve haver lugar a ele e há que combatê-lo", garantiu.

No seu entender, "onde poderá haver divergência de opiniões é no momento em que isso é feito, na fórmula como isso pode ser concretizado", admitindo que "aí há várias opiniões".

"São opiniões que não são, de resto, só do doutor Rui Rio", lembrou a líder social-democrata, dizendo compreendê-las, porque "é uma matéria delicada, tem que ser muito ponderada e deve ser feita sem eleitoralismos, sem demagogias".

Lembrou que "o PSD foi o primeiro partido a avançar com este projecto" e que, "se houve alguém que veio a reboque, foram os outros partidos".

"E, ainda assim, não o fez em campanha eleitoral, porque já o tinha feito nesta legislatura anteriormente. Na altura em que era presidente do partido o doutor Marques Mendes este projecto já tinha sido avançado", lembrou.

Ainda que, neste momento, tivesse sido "avançado com muitas cautelas", disse considerar que "era necessário haver ainda mais cautelas".

"Estávamos, obviamente, disponíveis a que, na discussão na especialidade, fossem rodeadas todas as alterações e todos os aperfeiçoamentos que levassem a que não houvesse aqui quaisquer espécie de demagogias ou poucos cuidados que levassem a acusações injustas", acrescentou.

Apesar do chumbo, Manuela Ferreira Leite considera ter feito "aquilo que em consciência devia fazer, porque o partido está empenhado no combate à corrupção".

A maioria socialista chumbou hoje os projectos do PSD e do PCP para a criminalização do enriquecimento ilícito, argumentando que o partido não está disponível para "suspender a democracia" e "lapidar princípios do Estado de direito".

"O enriquecimento ilícito é abjecto e condenável mas não estamos disponíveis para suspender a democracia e lapidar princípios do Estado de direito", justificou o vice-presidente da bancada do PS Ricardo Rodrigues, ainda durante o debate parlamentar sobre os projectos do PSD e do PCP.

No final do debate, os dois diplomas foram chumbados pela maioria socialista, com o projecto de lei do PSD a merecer o voto favorável do PCP, BE, PEV e dos deputados não inscritos Luísa Mesquita e José Paulo Carvalho e a abstenção do CDS-PP e do deputado social-democrata Patinha Antão.

O diploma do PCP teve igualmente o voto contra da maioria socialista e do deputado não inscrito José Paulo Carvalho, o voto favorável do BE, PEV e deputada não inscrita Luísa Mesquita e a abstenção do PSD e do CDS-PP.

publicado por Ricardo Vieira às 23:02
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Quarta-feira, 22 de Abril de 2009

Ânimos exaltados em reunião de clientes do BPP

Vários clientes que participaram terça-feira numa reunião que pretendia formalizar a Associação de Clientes Vítimas do BPP disseram que a mesma foi uma desilusão e que terminou com os ânimos exaltados.

"A reunião foi um fracasso", revelou, à agência Lusa, Maria do Céu Ferro, cliente do BPP, explicando que os clientes de retorno absoluto do banco não acharam necessário avançar com a formalização de uma terceira associação.

Para além de os poucos resultados práticos e das acusações lançadas à organização da reunião, promovida pelo advogado Carlos do Paulo, de ter focado muito a apresentação em questões técnicas e ter apresentado poucas medidas concretas, os clientes do BPP revelaram à Lusa que "quase houve pancadaria lá dentro".

Elísio Carneiro, também cliente dos produtos de retorno absoluto com garantia de capital do BPP, confirmou que "a exposição dos organizadores foi demasiado longa e as pessoas nesta fase já estão com pouca paciência, há saturação e os ânimos exaltaram-se".

"A reunião resvalou para situações complicadas porque não foi bem conduzida. As pessoas querem acção, não querem perder horas a discutir detalhes demasiado técnicos, que em muitos casos nem sequer são percebidos", reforçou Elísio Carneiro.

Segundo apurou a agência Lusa, estaria prevista uma repetição da reunião dos clientes de produtos de retorno absoluto em Lisboa, na quinta-feira, também convocada por Carlos do Paulo, cliente do BPP, mas face às poucas conclusões e ao clima hostil que se gerou na reunião do Porto, dificilmente acontecerá a próxima reunião

publicado por Ricardo Vieira às 21:51
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Segunda-feira, 20 de Abril de 2009

10.º aniversário do massacre de Columbine

A região de Denver, no Colorado, comemorou o décimo aniversário do massacre no Liceu Columbine, um dos piores da história norte-americana num recinto escolar.

Na noite de Domingo, centenas de pessoas reuniram-se para uma vigília num parque vizinho ao estabelecimento de Littleton, a Sul de Denver, onde se passou a tragédia cujas imagens difundidas em directo pelas televisões provocaram uma onde de choque no mundo inteiro a 20 de Abril de 1999.

Foi neste jardim público que se erigiu um monumento em memória dos 12 alunos e do professor assassinados por Eric Harris e Dylan Klebols, dois estudantes marginalizados.

Neste massacre foram ainda feridas 23 pessoas.

Apesar do profundo impacto que o massacre provocou e do activismo do realizador Michael Moore, que realizou o documentário "Bowling For Columbine", não houve nos Estados Unidos uma mudança radical na legislação sobre as armas de fogo.

Dez anos depois e apesar de novos massacres nos estabelecimentos escolares, como o da Universidade da Virgínia em 2007 que provocou 32 mortes, possuir uma arma nos Estados Unidos continua a ser um direito garantido pela Constituição norte-americana.

publicado por Ricardo Vieira às 22:41
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Freeport: Divulgação de escrituras pela Ordem dos Notários é "muito grave"

O secretário de Estado da Justiça considerou "muito grave" a Ordem dos Notários pedir aos cartórios notariais a relação das escrituras feitas pelo primeiro-ministro e outras pessoas para facultar a um jornalista, no âmbito do caso Freeport.

"A confirmar-se, estamos perante uma situação muito grave, que põe em causa os direitos fundamentais, a intimidade da vida privada das pessoas e a protecção dos dados pessoais de todos os portugueses", disse à Agência Lusa Tiago Silva Pereira, na sequência de uma notícia do jornal Público, segundo a qual a Ordem dos Notários enviou um e-mail aos responsáveis dos cartórios a pedir informação sobre as escrituras realizadas por José Sócrates, a mãe, e "alguns suspeitos envolvidos no caso Freeport", a pedido de "um jornalista de investigação".

"É uma atitude que, a confirmar-se, afecta a vida privada dos cidadãos. Permite que seja vasculhada a sua vida privada e isso num Estado de Direito não pode acontecer", frisou o secretário de Estado, sublinhando a diferença entre este procedimento e uma consulta feita por autoridades que investigam casos do ponto de vista criminal.

Para Tiago Silva Pereira, o caso relatado pelo Público significa que a Ordem dos Notários (ON) "divulga, a pedido de qualquer cidadão do país, a lista das escrituras que qualquer cidadão fez ao longo da sua vida".

"Isto, em termos de intimidade da vida privada, não é admissível num Estado de Direito", reforçou, acusando a ON de "utilizar os dados pessoais dos cidadãos como instrumento de contestação a medidas de simplificação do Governo" a este sector.

"Já sabíamos que a Ordem dos Notários estava contra as medidas de simplificação que o Governo tem aprovado em favor dos cidadãos e das empresas e está no seu direito de criticá-las e dizer que com elas não concorda. Agora, o que não pode fazer é utilizar os dados pessoais de cidadãos portugueses como instrumentos de contestação", defendeu.

Em declarações ao Público, a bastonária da ON, Carla Soares, diz tratar-se de um serviço prestado a qualquer cidadão, mas o secretário de Estado contesta: "Isto não é um serviço ao cidadão. É vasculhar a vida privada de todos nós".

publicado por Ricardo Vieira às 22:38
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Sexta-feira, 17 de Abril de 2009

Cavaco: "Reprovável repercutir custos da crise nos desfavorecidos"

O Presidente da República defendeu o aproveitamento do momento de crise como "um ponto de viragem", considerando que seria politicamente perigoso e eticamente reprovável repercutir os custos da situação económica sobre os mais desfavorecidos.

"É preciso ter coragem de, em vários domínios, começar de novo", defendeu o Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na abertura do IV Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Recordando que "a ausência de valores nos mercados, na política e nas instituições financeiras terá sido uma das razões de fundo explicativas" da crise, Cavaco Silva considerou, por isso, que "a repartição dos custos da actual situação económica deve colocar em primeiro plano a dimensão ética".

"Só assim estaremos a responsabilizar o passado e a salvaguardar o futuro", sublinhou, insistindo que os valores de justiça, de equidade, de responsabilidade social e de coesão "devem estar bem presentes nas soluções de natureza financeira ou económica que venham a ser adoptadas".

"Seria um erro muito grave, verdadeiramente intolerável, que, na ânsia de obter estatísticas económicas mais favoráveis e ocultar a realidade, se optasse por estratégias de combate à crise que ajudassem a perpetuar os desequilíbrios sociais já existentes ou que hipotecassem as possibilidades de desenvolvimento futuro e os direitos das gerações mais jovens", salientou, reconhecendo que existe esse "risco efectivo".

Porque, continuou, muitos dos agentes que tiveram um papel activo na crise financeira continuam a ser capazes de "condicionar as políticas públicas, quer pela sua dimensão económica quer pela sua proximidade ao poder político".

Importa pois, ponderar as decisões, para não abrir espaço ao desperdício de recursos públicos e impedir a concentração desses mesmos recursos nas mãos daqueles que já detêm maior influência junto dos decisores, preconizou Cavaco Silva.

"É crucial, para o equilíbrio das relações sociais e para o futuro do sistema de economia de mercado, evitar que isto aconteça", enfatizou.

O Presidente da República recusou, contudo, que a obrigação de acautelar os princípios de justiça, equidade e coesão social recai apenas sobre os decisores políticos.

"É nas empresas e no diálogo entre elas e dentro delas que começa esta responsabilidade", afirmou Cavaco Silva, perante uma plateia de gestores e empresários.

A desigualdade de rendimento e direitos e os "ganhos despropositados" auferidos por altos dirigentes de empresas mereceu igualmente uma nota especial de Cavaco Silva, que classificou esta situação como "insustentável", considerando urgente modificá-la.

"Seria política e socialmente perigoso e eticamente condenável que a crise fosse aproveitada para acentuar esta fragilidade, repercutindo os custos da actual situação económica sobre os mais desprotegidos", frisou.

Por isso, referiu, o momento deve ser assumido como "um ponto de viragem".

"Mudaram a percepção e o juízo que os cidadãos fazem daqueles que comandam a política, a economia e a finança. Sem uma liderança clara na projecção e defesa de um sistema de valores, muito dificilmente será recuperada a confiança necessária para vencer a crise", disse, preconizando o reajustamento urgente das prioridades e a correcção das injustiças e dos erros que "a crise desmascarou".

"É urgente colocar no topo da agenda, ao lado da liberdade, a responsabilidade, a solidariedade e a coesão sociais, e compreender a importância que a verdade, a transparência e os princípios éticos têm no bom funcionamento de uma economia e no desenvolvimento de uma sociedade", sublinhou.

publicado por Ricardo Vieira às 21:21
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Quinta-feira, 16 de Abril de 2009

Ferreira Leite: "Para quem e para onde" foram "milhões de euros?"

A presidente do PSD exigiu saber "para quem e para onde" foram os "milhões de euros" anunciados pelo Governo como forma de combater a crise.

"Este é um ponto que vou sublinhar com muita veemência até que obtenha uma resposta por parte do Governo", declarou Manuela Ferreira Leite, em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD.

A presidente do PSD sublinhou que estão em causa "as contribuições" dos portugueses e prometeu insistir até obter do Governo "os elementos de quais são as empresas que estão a ser apoiadas, em que sentido, quais as medidas que efectivamente estão a ser tomadas, quem está a beneficiar delas".

Manuela Ferreira Leite manifestou-se "disponível para apoiar" a proposta do PCP de criação de um grupo de trabalho no Parlamento para fiscalizar os contratos do Estado com empresas e os apoios públicos dados a empresas.

"Estou disponível para apoiar qualquer iniciativa que conduza ao escrutínio do Governo em relação ao combate à crise", declarou.

A presidente do PSD acrescentou que está "pouco preocupada com a forma institucional" de escrutinar a acção do Governo nesta matéria, mas que defende que isso seja feito através do Parlamento.

"De há uns meses a esta parte temos assistido a anúncios sucessivos por parte do Governo de um conjunto de medidas que envolvem sempre elevados montantes, anunciados como apoios às empresas ou de natureza social", referiu a presidente do PSD, no início da sua intervenção.

Apontando a previsão do Banco de Portugal de que a economia portuguesa vai decrescer 3,5 por cento este ano, a presidente do PSD considerou que "é o momento exacto para perguntar ao Governo se as medidas que têm estado a ser tomadas são simples anúncios ou se estão em execução concreta".

"Se efectivamente as medidas estão a ser tomadas, se há estes milhões de euros todos estão a ser injectados na nossa economia, pagos por todos nós, perguntamos: estão a ser canalizados para quem e para onde, se os efeitos são estes?", acrescentou.

publicado por Ricardo Vieira às 20:30
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Quarta-feira, 15 de Abril de 2009

Justiça pede meio milhão em custas às famílias das vítimas de Entre-os-Rios

Familiares das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios vão pedir a intervenção do Presidente da República e do Governo para serem libertados do pagamento de meio milhão de euros de custas no processo-crime relativo à queda da ponte.

O apelo segue "hoje mesmo", por carta, para o Chefe de Estado e para o Executivo, através do Ministério da Justiça, disse à Lusa o presidente da Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios (AFVTE-R), Horácio Moreira

"Nas cartas, vamos denunciar a situação e pedir a isenção de custas", referiu o dirigente.

Horácio Moreira revelou que a responsabilidade pelas custas foi distribuída por cerca de 200 familiares das vítimas, que se constituíram partes no processo de responsabilização criminal pela queda da ponte.

Adiantou que só no seu caso pessoal, as custas importam em cerca de 1.900 euros e sustentou que a imputação desta despesa aos familiares é um acto "inconcebível e desumano".

"Não só não vimos feita justiça, como fomos os únicos condenados no processo", observou o dirigente associativo, acrescentando que "o sentimento profundo existente em Castelo de Paiva é o de que os únicos condenados são os familiares e as pessoas que passaram no local errado à hora errada".

"Num estado dito de Direito, é inconcebível que o ónus da queda da ponte recaia unicamente nas vítimas e suas famílias. Neste caso, a justiça não funcionou", frisou Horácio Moreira.

A antiga Ponte Hintze Ribeiro caiu a 04 de Março de 2001, provocando a morte de 59 pessoas, que seguiam a bordo de um autocarro e dois veículos particulares.

Mais de cinco anos depois, em Outubro de 2006, o Tribunal de Castelo de Paiva determinou a absolvição de quatro engenheiros da ex-Junta Autónoma de Estradas e de outros dois de uma empresa projectista, que o Ministério Público responsabilizava pela queda daquela travessia sobre o Douro.

Os seis técnicos estavam acusados dos crimes de negligência e violação das regras técnicas, mas o tribunal entendeu que na altura das inspecções realizadas pela ex-Junta Autónoma de Estradas (JAE) à ponte não havia ainda regras técnicas que enquadrassem a actuação dos peritos.

"Facilmente se conclui que os arguidos não praticaram os crimes de que vinham acusados, impondo-se a sua absolvição", sentenciou o colectivo de juízes.

publicado por Ricardo Vieira às 21:24
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